2º Episódio

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Vladimiro – Há tanto tempo que não lia esta carta, onde a encontraste?
Estrela – Estava guardada junto com os objectos que eram da mãe.
Vladimiro – Pensei que tinha mandado fazer tudo isso desaparecer. Gente ingrata que me desobedece. Vou já castigá-los!!! [Amachuca a carta e deita fora]

Estrela – Tens tempo para isso, mas agora responde: o que é o Amor?

Vladimiro – O A.... essa coisa é uma coisa muito má! Por exemplo... por exemplo, deixa ver: lembras-te do Romeu e da Julieta? O que é que lhes aconteceu? Esticaram o pernil, não foi? Porquê? Por causa do Am... disso... e lembras-te da tua mãe, o que é que lhe aconteceu? Porquê?... É preciso mais exemplos?
Estrela – Mas pai, na carta a mãe não parece nada arrependida.
Vladimiro – Filha, proibí essa palavra e tudo o que estivesse relacionado desde que perdi a tua mãe. E acredita que tudo mudou para melhor! Sou muito mais soberano e mais poderoso do que alguma vez fui!

Estrela – O pai parece que só pensa em dominar este mundo!
Vladimiro – Que amável que é a minha filha!!!

Estrela – Pai, não era um elogio, estava a tentar dizer que parece que não queres pensar em mais nada do que estar à frente deste reino, dominando tudo e todos, e até parece que evitas estar mais tempo comigo, que sou tua filha!
Vladimiro – Princesa Estrela! Não seja insolente! Proíbo-te de voltares a proferir essa palavra!!!
Estrela - ...mas pai!
Vladimiro – São as ordens do teu rei!

[Entra o Mensageiro]

Mensageiro – Sua Majestade, informo que está na hora da sua massagem real!!!

Vladimiro – Só agora, meu imbecil!? Pensas que tenho muito tempo livre?... [Abraça rapidamente a sua filha] minha filha, aguardo impacientemente pela próxima semana, para voltar a estar contigo! Agora, vamos lá a essa massagem que bem mereço, depois de uma manhã tão agitada!

[O rei sai de palco acompanhado pelo mensageiro]

Estrela – Não percebo porque o meu pai ficou tão incomodado. Será assim tão mau, o Amor? Sinto-me desapontada. Pensei que ele me pudesse ajudar, mas anda sempre tão ocupado. Lembro-me que na carta a minha mãe falava de um mundo, outro mundo... no qual as pessoas conheciam o Amor. E eram felizes! Como eu gostava de também ser feliz...

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