quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Uma Estrela (Cadente) de Amor

Sou um desnaturado, que já devia ter escrito qualquer coisa há muito tempo acerca do que foi este trabalho. Nem sei se lhe deva chamar trabalho, visto que muita gente o considera como algo cansativo. Pelo menos para mim não o é. É chato ter de passar por todo o processo de gravações, o monta e desmonta, que me faz quase jurar a pés juntos que não volto a fazer mais nada do género. Mas vale a pena tudo o resto, acho. Diga-se de passagem que pensei que seria realmente a última vez, e foi a pensar nisso que me desgastei a um ponto emocional que pensava um bocado difícil de me acontecer (quem diria?!).
Sinto muita pena de não conseguir levar isto ainda mais avante, mas isso já não depende de mim, muito embora tivesse bastante vontade. Mas não me posso esquecer que estou a lidar com crianças, adolescentes, que devem ter outras prioridades, sobretudo a nível de estudo. Se me acham responsável pela vontade que demonstram em participar neste tipo de trabalhos, tenho de lembrar que não fiz mais do que dar a oportunidade, a vontade já vocês a tinham presente.
Têm um futuro pela frente, do qual depende muito a vossa capacidade de o orientar para aquilo que realmente querem fazer da vossa vida. Se é por este tipo de vida que querem optar, mas a um nível profissional, posso dizer que provavelmente não será fácil, e muitas vezes o talento nunca será devidamente reconhecido. E nada vos impede de participar em actividades a nível amador, há sempre oportunidades, é uma questão de as procurar. Caso nunca mais passem por uma situação destas, sempre poderão contar aos vossos netinhos as coisas que foram fazendo quando tinham a idade deles :)

Quanto a mim, agradeço (fora do tempo) do fundo do coração. Não sei se vou voltar a fazer algo do género, acho que ainda não recuperei. Tenho andado a tentar fazer outra actividade, bastante mais simples, mas as palavras, idéias, músicas, estão a custar muito a saír. E se custa, provavelmente não sai grande coisa. Por isso, se não conseguir, peço desde já desculpa. De qualquer forma, que mais querem vocês provar? ;)

UMA ESTRELA DE AMOR

O rei Vladimiro era o governador de um mundo distante. Sempre considerou que o seu povo deveria ser governado com base na força e temor, garantindo-lhe o devido respeito. Por sua ordem, e desde o falecimento da sua esposa, foi proíbido que fosse proferida a palavra "Amor", ou qualquer situação na qual o termo estivesse presente.
Tinha uma única filha, Estrela, que um dia certamente o iria suceder. Embora nunca tivesse muito tempo para estar com ela, devido aos seus afazeres monárquicos, tentava sempre guardar um tempo na sua agenda para o encontro semanal com a sua legítima herdeira.
Estrela era o oposto do pai: coração aberto, muitas dúvidas, com uma vontade enorme de conhecer o mundo, e tudo o que nele existe. Como estava a crescer, não conseguia arranjar resposta para as dúvidas que iam crescendo dentro de si.
Certo dia, ao ler uma carta da sua mãe, encontrou uma palavra que nunca tinha visto na vida: "Amor"
Decidiu que iria fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para descobrir o que era...


ELENCO:

Estrela -
Miriam Trinta
Jaime -
Hélio Galvão
Rei Vladimiro -
Fábio Santos
Margarida -
Ana M. Alves
Tucha -
Tatiana Fernandes
Bibá -
Bianca Gonçalves
Páti -
Ana S. Freitas
Nonô -
Natacha Almeida
Tozé -
Tiago Gonçalves
Fred -
Daniela Fonseca
Dino -
André Dias
Mensageiro -
Kelly Khulen